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Planeamento Curricular

Planeamento Curricular

A primeira grande decisão político-administativa consiste na elaboração dos currículos para os diferentes tipos de ensino e que geralmente se faz pelo modelo investigação planificação - experimentação – disseminação – avaliação (Pacheco, 1996).

É uma tarefa técnica, deixada nas mãos dos especialistas curriculares, que exige a clarificação de opções políticas e a delimitação de sequências prévias (Pacheco, 1996).

Segundo Pacheco (1996) dos vários modelos globais de construção curricular destacam–se Tyler (1949), Taba, Wheeler, Lawton e D´ Hainaut.

Partindo das quatro questões de natureza do currículo, Tyler (1949) propõe elaboração de um currículo em quatro princípios (Pacheco, 1996):

 

 Figura 1- Modelo de Tyler (1949)

 


1º Formulação de objectivos: fins que o sistema (escola) deve alcançar tendo em atenção as fontes ara a sua formação (sujeito, sociedade e cultura) e as funções que desempenham;

2º Selecção de experiências educativas: não se refere nem os conteúdos nem as actividades mas à interacção do aluno/ condições externas;

3º Organizações das experiencias: selecção de actividades, organizadas em unidades cursos e programas e perspectiva vertical (critérios de comunidade e sequência) e horizontal (critério de integração)

4º Avaliação da eficácia das actividades de aprendizagem: verificação dos resultados uma vez comparados com os objectivos pretendidos

Na mesma linha de pensamento Pacheco (1996), cita Taba (1983) refere que para obter um currículo organizado e dinamicamente concebido requer uma sistematização coerente e ordenada – propõem sete etapas: diagnostico de necessidades educacionais; definição do objectivo; escolha do conteúdo; preparação dos conteúdos; selecção das experiencias de aprendizagem; determinação dos métodos de avaliação.

De acordo com Klosouski (2007) o planeamento curricular obriga o professor a uma constante busca e actualização, já que os conteúdos a todo o instante se renovam e as propostas curriculares auxiliam este processo. Portanto, o planeamento curricular constitui:

 

"Uma tarefa contínua a nível de escola, em função das crescentes exigências de nosso tempo e dos processos que tentam acelerar a aprendizagem. Será sempre um desafio a todos aqueles envolvidos no processo educacional, para busca dos meios mais adequados à obtenção de maiores resultados" (Turra et alii, 1995 p. 18)

 

 

 Planeamento no Ensino

 

Na prática docente, é necessário ainda mais desenvolver um planeamento. Neste caso, o ensino, tem como principal função garantir a coerência entre as actividades que o professor faz com seus alunos e, além disso, as aprendizagens que pretende proporcionar. Então, pode-se dizer que a forma de planear deve focar a relação entre o ensinar e o aprender. Dentro do planeamento de ensino, deve-se desenvolver um processo de decisão sobre a actuação concreta por parte dos professores, na sua acção pedagógica, envolvendo acções e situações do dia-a-dia que acontecem através de interacções entre alunos e professores (Klosouski, 2007).

 

"O professor que deseja realizar uma boa actuação docente sabe que deve participar, elaborar e organizar planos em diferentes níveis de complexidade para atender, em classe, seus alunos. Pelo envolvimento no processo ensino aprendizagem, ele deve estimular a participação do aluno, a fim de que este possa, realmente, efectuar uma aprendizagem tão significativa quanto o permitam suas possibilidades e necessidades. O panejamento, envolve a previsão de resultados desejáveis, assim como também os meios necessários para alcançá-los. A responsabilidade do mestre é imensa. Grande parte da eficácia de seu ensino depende da organicidade, coerência e flexibilidade de seu panejamento" (TURRA et alii, 1995, p. 18-19).

 

 

 

FASES DO PLANEAMENTO DE ENSINO E

SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO DE

ENSINOAPRENDIZAGEM

 

O planeamento faz parte de um processo constante através do qual a preparação, a realização e o acompanhamento estão intimamente ligados. O panejamento de ensino, tem uma previsão bem-feita do que será realizado em na sala de aula, melhora muito o aprendizado dos alunos e aperfeiçoa a prática pedagógica do professor. Por isso é que o planeamento deve estar preenchido de intenções e Objectivos, para que não se torne um acto unicamente burocrático, como acontece em muitas escolas. Na realização do planeamento devem ser considerados, os seguintes pontos (Klosouski, 2007):

 

1) Considerar que os alunos não são como uma turma homogénea, mas a forma única de aprendizagem de casa aluno, o seu processo, as suas hipóteses, as suas perguntas a partir do que já aprenderam e a partir das suas histórias;

 

 2) Considerar o que é importante e significativo para aquela turma. Ter claro onde se quer chegar, que recorte deve ser feito na História para escolher temáticas e que actividades deverão ser implementadas, considerando os interesses do grupo como um todo.

 

Segundo Klosouski (2007) é preciso pensar constantemente para quem serve o panejamento, o que se está planeando e para como irão servir as suas acções.

 

Algumas pesquisas auxiliam quando se está construindo um planeamento. Seguem alguns exemplos (Klosouski, 2007):

   

  •  O que pretende-se fazer, por quê e para quem?
  •  Que objectivo pretendem-se alcançar?
  •  Que meios/estratégias são utilizados para alcançar tais objectivos?
  •  Quanto tempo será necessário para alcançar os objectivos?
  •  Como avaliar se os resultados estão sendo alcançados?

 

 

É a partir destas perguntas e respectivas respostas que são determinadas algumas fases dentro do planeamento (Klosouski, 2007):

 

  • Diagnóstico da realidade;
  • Definição do tema e Fase de preparação;
  • Avaliação. 

 

 

Na mesma linha de pensamento Klosouski, (2007) cita Gandin (2005), que planear consiste em:

 

Elaborar – decidir que tipo de sociedade e que tipo de acção educacional é necessário para isso; verificar a que distância se está deste tipo de acção e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de acções para diminuir essa distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido;

 

Executar – agir em conformidade com o que foi proposto;

 

Avaliar – revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das acções, bem como cada um dos documentos deles derivados”

 

 

 

 

 

 

 

     

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Klosouski, S (2007). Planejamento de ensino como ferramenta básica do processo enso-aprendijagem. Pós-graduanda do curso de especialização (Pós-Graduação lato sensu) em Gestão Escolar.acedido em:https://web03.unicentro.br/especializacao/Revista_Pos/P%C3%A1ginas/5%20Edi%C3%A7%C3%A3o

/Humanas/PDF/7-Ed5_CH-Plane.pdf

Pacheco, J (1996). Currículo: Teoria e Práxis. Porto Editora